quinta-feira, 20 de janeiro de 2011


Gabriel

É verdade. Eu não sou, nem quero, e vou. A verdade é que não há verdade que me permita ser feliz aqui. Não vou mentir, fazendo-me crer que sou melhor do que sou. É verdade que não, que sim, que vou. Porque a resistência termina como todos os dias. Com os que foram e os que vão ser.

Se nunca estive, é porque não podia, nem nunca poderei estar.

Olha bem para mim, para o meu corpo, como arma o salto. Repara nas pernas, como se dobram de ânimo. Os braços elevados na esperança de uma brisa. Um arrepio que me tire os pés do chão.

Vou soltar a última amarra. Vou soltar e vou saltar, hoje!

Só espero não fazer a mínima ideia de quem sou.
Quero lá saber quem sou nos teus braços.

Quero mais é voar...


DuArte

1 comentário:

Adriana Riess Karnal disse...

que o vento te leve pra o lugar dos poetas...voa,voa...