O FILÓSOFO E O FANFARRÃO

domingo, 27 de fevereiro de 2011

Provocatio


sabe

se soubesses o bem
que me sabes a sal
saberias que sem
tudo me sabe mal


Bill enGates
Publicada por Blogue alienígena de vulgaridades literárias... à(s) 00:00
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Etiquetas: Texto de Renato Filipe Cardoso; Fotografia de Adriano Batista

2 comentários:

Mauro Castro disse...

Bah, trilegal o poema.
Há braços!!

27 de fevereiro de 2011 às 22:51
Elza Magna disse...

Muito bom!

28 de fevereiro de 2011 às 17:00

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O FILÓSOFO E O FANFARRÃO

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Blogue alienígena de vulgaridades literárias...
Um blogue de conteúdo tendencialmente literário, entre a poesia e a crónica, que pretende provocar os cinco sentidos dos leitores e render-se, de forma insubmissa, à vivência dos sete pecados de que há conhecimento, bem como à prospecção de novos vícios, transgressões ingénuas e virtudes ambíguas. É um blogue feito por mortais que se revêem nas palavras que roubam aos dias e às noites que vivem, construindo um discurso possível sobre o quotidiano físico e emocional.
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Filósofos e Fanfarrões

Cristina Amaral

Carmo Miranda Machado

Iolanda Bárria

João Belo

José Duarte

Joshua Magellan

Manuela Barreto

Margarida Neves Pereira

Mónica Cardoso

Renato Filipe Cardoso

Sylvia Beirute


O Filósofo e o Fanfarrão

C’um Filósofo chapado
Apostava um Fanfarrão,
A qual mais era, um cruzado;
O Fanfarrão era honrado,
O Filósofo vilão.
Cada qual das duas partes
Buscando a Justiça, apenas
(Que tu, Sorte, mal repartes)
Vão lá dar c’um Mestre em Artes,
Mestre das Artes de Atenas.
Chega o Fanfarrão, e alega
Por sextos progenitores,
Cuja fama ele hoje cega;
Cala, e o Filósofo chega,
E alega só seus suores.
Faz presente o estudo imenso,
O ânimo pronto à razão,
Seu juízo ao bem propenso;
Em fim que ali por extenso
Cada qual diz sim e não.
Eu já sei que o vosso intento,
Diz o Juiz sem receio,
É medir no entendimento
O próprio merecimento
C’o merecimento alheio.
Tu, que vens de altiva gente,
De cujo ser participas,
Não te nego a honra eminente:
Mas que importa, se vilmente
A não herdas, que a dissipas?
Porém tu, que entre os terrões

Das paternas semeadas
Semeaste tais tenções,
Que todas tuas acções
Foram justas e regradas:
Se nunca errar procuraste,
Só do bem seguindo o esmo,
Quando o creste, o imitaste,
Na virtude te geraste,
E foste pai de ti mesmo.
Quem logo o sangue turvou,
Não pode ser que mereça
Como aquele, que o apurou:
Neste a nobreza acabou,
Nest’outro agora começa.

(D. Francisco Manuel de Melo, Obras Métricas, cart. VIII, est. 16 e seg.)

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