Contorções
O meu corpo contorce-se ao primeiro sinal de ausência. E tal como o Herberto Hélder, “eu procuro dizer como tudo é outra coisa”. A ansiedade atravessa-me os poros e estala-me os ossos. Faz-me perder o sentido das proporções. A alvorada dos sentidos estremece-me de norte a sul. É crepitação copo a copo, transpiração corpo a corpo, inspiração boca a boca, emoção louca a louca. Não há banho que me lave. Tudo é intenso. Nada é suave.
Bruno Vilão
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