quarta-feira, 28 de novembro de 2012



Diz que me amas

Quando o amor se confunde com essa estranha forma de negócio, onde uns sustentam outros, surgem ilusões vãs de nós próprios, surge um amor incapaz de manter a alegria para além de um instante.
E é esse o maior contra-senso, confundir amor com diferença, onde o outro tem aquilo de que eu preciso, de que dependo, para ser íntegro e ter paz. É um peso tão grande quando alguém depende de nós, principalmente quando também nos vemos nesse papel frágil e carente, dependentes de tantos outros.
O amor passa a ser uma corrente de necessidades onde ninguém se pergunta de onde virá o alimento. Somos pedintes de amor. Amor que não temos, mas juramos aos outros se eles nos jurarem o deles. É uma corrente tão frágil que não aguenta. 


DuArte

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