sexta-feira, 1 de abril de 2011
A MULHER E O PRÍNCIPE ENCANTADO
Hoje apetece-me contar-vos uma história. Era uma vez uma mulher que sonhava com o seu Príncipe encantado. Infelizmente, desde criança que lhe contavam histórias onde havia sempre um príncipe encantado (lindo de morrer... não interessava se antes tinha sido um sapo ou um burro ou uma lagartixa) e em que os dois ficavam juntos, tinham muitos "filhinhos" e eram felizes para sempre. Ora, a merda toda, é que as nossas queridas mães e avós e tias não tiveram o bom senso de nos explicarem que tudo aquilo era história, ficção, mito, ilusão e outras porras...
A verdade é que o Príncipe Encantado é isso mesmo: encantado, e por mais que se deseje, ele não se desencanta em sítio algum. Ora bem, a juntar a este quadro, vem uma outra faceta das históriazinhas com as quais crescemos que particularmente me irrita. Num desses contitos, chega a Fada e fornece à Cinderela todos os apetrechos necessários para ela ir ao tal bailarico... até aqui tudo bem, mas já pensaram que a puta da fada não lhe perguntou sequer se ela queria ir ao baile? Ou se queria o vestido daquela cor? Ou se gostava de sapatos de cristal? E pior ainda, por que raio é que o dito Príncipe haveria de ser o homem dos sonhos da Cinderela? Bem, isto de os outros decidirem por nós já tem os dias contados (espero eu!), porém não deixa de me intrigar que tudo acabe com um homem a correr o reino com um sapato na mão em busca do pé perdido... E com tudo isto, como é que as mulheres não haveriam de ser taradas por sapatos?
(Desculpem-me o non sense que hoje se apodera de mim...)
Carmo Miranda Machado
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