sábado, 13 de agosto de 2011
Crónica Benzodiazepina
A procissão vai no adro e vai linda!
Houve um tempo em que apenas e somente aos homens era permitido transportar o andor durante a procissão. Regras são regras e homens são homens, já se sabe! Às mulheres sobra-lhes em ideias e outras ligeirezas o que lhes falta em força de ombros! Curvam demasiado, não andam a direito...
E os santos pesam muito. E são santos!
Mas eis senão quando veio outro tempo! A todos apanhou distraídos, tal foi a lentidão silenciosa com que se instalou. Neste outro tempo, os poucos homens de que se fala na aldeia, estão velhos, ou doentes, ou mortos.
"A procissão não pode acabar" diz o povo, sempre tão sábio e sensato. Pois siga então a procissão!
Reparei no padre, meio cabisbaixo, disfarçado mesmo, entre o seu rebanho.
Mas os santos não se queixaram, pareceu-me mesmo que gostaram.
Muito?
É bom, porque vão repetir!
Iolanda Bárria
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