sexta-feira, 19 de agosto de 2011



Na pele da minha alma

Em dias como o de hoje, sinto uma brisa triste entranhar-se em mim, sinto o cheiro da nostalgia, a monotonia dos dias cinzentos, a frieza das gentes, a fragilidade de tantos outros no mundo cruel. Em dias como o de hoje, meus lábios gretados estão, minha pele roxa está, meu corpo gélido treme, minha alma chora da dor que é estar só. Senti uma vontade louca de correr para quem me amasse, de me lançar nos braços de quem me pudesse proteger das atrocidades do mundo e chorar tudo o que em mim hoje e sempre doeu. Hoje sim, hoje, só hoje, seria bom ter com quem contar.


Joana Santos

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