sábado, 24 de março de 2012
Crónica Benzodiazepina
A EVA FUTURA
Adoro-a. Se pudesse, dizia-lhe agora o quanto me faz falta. Prostrava-me a seus pés e agradecia-lhe os longos momentos de prazer com que me presenteia. Chama-se Lucía Extebarría e escreve, escreve, escreve...
Diz ela que ser feminista não implica odiar os homens (claro que não!!!) e muito menos ser lésbica. Muito menos implicará fazer a renúncia do soutien, do batôn e dos saltos altos. Ah, como eu a entendo. De acordo com o imaginário popular, a feminista é a mulher que quer ser mais forte do que os homens ou que quer viver sem homens... mas "ser feminista não se define, de modo algum, de acordo com a sua relação com os homens, mas sim de acordo com a sua relação consigo mesma e com o resto da população em geral."
E continua: "Partilho com as mulheres a cruz de suportar homens imbecis. E como não quis tornar-me lésbica, tornei-me feminista." Não é delicioso? Mas, confesso: há tantas feministas absurdas como homens cretinos.
Carmo Miranda Machado
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