sexta-feira, 4 de janeiro de 2013
PALAVRA EXPERIMENTAL (XI)
O XADREZISTA
De novo a Vida e a Vitória e a Glória e Tudo...
O jogador de xadrez gosta de ganhar partidas de xadrez. Gosta de jogar. De sentir a Alma do jogo. Adora ganhar. Mas o excesso e a euforia têm limites. Tudo é limitado. A vida. A Obra literária menos do que a vida por vezes. A partida de xadrez bem organizada e bem urdida como o poema. Mas o xadrezista também quer perder. E quer ganhe quer perca metade do xadrezista fica infeliz e pressiona a felicidade. Tudo se equivale: derrota ou vitória ou um bom ou mau empate. Ou um empate razoável. A vida é razoável misturada de altos e baixos. De baixos que se desejariam altos e vice-versa. E às vezes um grande Poeta para outro grande Poeta tem palavras que mais do que amigáveis são amorosas. Que tem isto a ver com xadrez? Nada. E eu adoro também as chuvas. O xadrezista sobrevive e tem de o fazer num mar de contradições e de jogadas e de resultados sempre desejados e ao mesmo tempo indesejados.
João Belo
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