quinta-feira, 15 de setembro de 2011


Título

(natureza morta com dióspiro)

Não como pão sem sal...
(Mas sei que há quem coma. Até por precaução e receio de acidentes cardiovasculares)

O Outono é curioso, mas ainda estou à espera da chegada dos dióspiros.
Atenção aos dióspiros quase maduros,
têm um cheiro excessivamente delicado. Quase nada. 

Prefiro cheiros tóxicos,
no início. 

É uma cor linda, a dos dióspiros, mas por estranho que pareça considero o verde a cor mais inusitada que existe. Dependendo da tonalidade, tanto pode ser enfadonho, como sedutor e muito luxuriante, até. Mas nunca vulgar.
O meu preferido é o verde corpulento das folhas de japoneira, quando brilham à luz das manhãs geladas de Inverno. 

Não é nada fácil vestir verde.
Não é nada fácil comer um dióspiro. 


Iolanda Bárria

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