quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012

SETE DIAS VEZES POESIA (II)


CÂNTICO XX

I

Sol d’amoras, só d’amores
( E, ao fundo havia a escada…)
Que de Floras, e de Flores!
Quanta noiva abençoada!!!
Eram ervas, ou Dolores?
E era a Noite, ou Madrugada?

II

Padre nosso é Santo António:
Foi o culto, e o primeiro.
Nunca, nunca, Babilónio;
Sempre, sempre, o verdadeiro.

III

Era ela, e era mansa;
Por a lança, Amor-Ansata.
Foi criança, alor e Esp’rança
Maila dança, ardor e Fata,
- E hoje é riba, ou ribanceira
Na Tertúlia Rio de Prata.
Se eu a trino, e a trauteio,
Certo asseio, ou sete a seio,
Eis o Hino, ou Himeneu
Desde a terra, até ao Céu…
Pois em Nume dessa vela
Ou em nome dessa Fada,
Dizem todas as querelas,
Caravelas, coroadas:
Servas há, e há sequelas,
Como há cervas, e a Amada.
Para todo o Margarido,
Margarita ou Madreugada,
Paz e Bem do teu Marido,
E Amém dar, à Mãe doada.
E a toda a assinatura
E a toda a assinalada,
Pra Belém, minha Escritura,
Parabém, para a criada.
Sôr António de Macedo,
Alva nuvem nacarada,
A Si sede, a Si eu cedo
Albi Castro, e a suarda.
A Maria, no segredo,
Para o Pai, numa pousada,
Eis o tempo, que é degredo,
- E eis o estudo, que é o Nada.


Paulo Brito e Abreu

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