quinta-feira, 8 de dezembro de 2011
"Não te admires que eu diga..."
Leio o Pe. Felicidade Alves, que cita alguém, que lhe escreve: "Aprendemos a ter um respeito religioso pelos padres, vendo neles o próprio Cristo. Não nos é possível vê-los distribuir o pão dos anjos, depois de sairem do leito conjugal".
Isto vem transcrito, em: " Não te admires que eu diga: É preciso nascer de novo", um 'pequeno' livro onde o Pe. Felicidade Alves relata e questiona os longos e penosos dias da sua vida (1968), em que foi suspenso do exercício das funções de sacerdote. O motivo é conhecido: amar uma mulher e querer casar com ela.
É uma simples, modesta e corajosa edição (de autor, pudera)!
É também um título muitíssimo bem escolhido. Tem força. Fica no ouvido!
Gosto de títulos que nos falam em particular. E gosto particularmente do "Não te admires que eu diga..."
À época, talvez o Padre Felicidade Alves considerasse um tremendo motivo de espanto dizer "É Preciso Nascer de Novo" (quanto às mudanças na Igreja Católica, em matéria de celibato). E por isso, avisa-nos previamente: "não te admires que eu diga...", como se nos fossemos admirar!
Iolanda Bárria
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