Insomne
A minha cabeça não está mais aqui. Estará, porventura, em parte incerta. O tempo tem-se-me revelado escasso e cansaço é tudo o que resta em mim. O meu corpo cambaleia por aí porque é suposto. Percorro caminhos sem lhes atribuir destino final. Penso porque me é obrigatório e o sentir recusa-se-me por pensar demais. Já nem fascinar-me deveras, posso! E à noite o sono não vem e o tempo passa e o relógio toca e depois, já exausta de tanta exaustão, as pálpebras descaem aos poucos, não por ser natural, mas por ser suposto.
Joana Santos
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