domingo, 24 de junho de 2012

SETE PROSAS SURREALISTAS (VI)



SERENEMOS

PENSO QUE POR VEZES SOMOS. ÉRAMOS... E, SERENIS, SEREMOS. APENAS EXISTEM SERES SELENITAMENTE TERRÁQUEOS QUE NÃO SE ENTENDEM, TIPO NÓS, ENTRE OS PADRES DESTA VIDA E OS SENHORES OU SENHORAS DESTES NORTES, COMO QUEM CAPA UMA CAPA OU QUEM LAMBE UMA BOA INTENÇÃO. COMO ALGO INESQUECÍVEL, IN - ATINGÍVEL, QUE MEXE, ESTATICAMENTE E LAMINANTE ESQUIVO. COMO UM ESCOLHO. UMA ESCOLHA NO CERNE FATIO DA ESCOLHA. UNA PUNÇÃO LÍQUIDA, UM ARDOR LANCINANTEMENTE COMPREENSIVO. ENTRE O QUE SE VÊ E O QUE SE QUER VER NOS ESGARES DES - CONFIADAMENTE PUERIS DUM POTE DUENDAL ARCOISTICAMENTE EGOCÊNTRICO ENFIM DO MONSTRO DO ESPELHO QUE CAI E DOBRA COM PÉS E CÃES A DIAGNOSTICAR O DIFERENCIAL QUE SUA E SE ABRIGA COMO LOMBRIGA QUE OBRIGA, SIGA, ESTOU A GOZAR, MAS OBRIGA A DIAPASAR O SEGREDO DO DEGREDO QUE É NÃO CONFIAR. UMA ESPADA COMUM. UM SOM. UM ECO. COMUNHÃO FÚTIL. DISCUSSÃO ÚTIL. E A ALGO A TESTEMUNHAR. A TRIBUNA ESTÁ ESPESSA. OBESA. TESA. UMA MESA POSTA DE DILETANTISMO A PURGAR. FODAM AS RIMAS A PENSAR QUAL A MELHOR POIS O POETA – ISA TEM MAIS PARA PENSAR. QUE A RAPARISA SE FAÇA ENEVOAR. COMO QUEM FAZ UMA VIDA, COMO QUEM SOFRE, QUEM OSSA, E DESOSSA A COMUNGAR HÓSTIAS LICÉRGICAS E JORNAIS PRÉ PROSTITUÍDOS NUM QUALQUER PROSTÍBULO FUNICULAR. UMA MÊSA ACESA COM INCENSADAS VELCRAS FUNDAS LÂMINAS E SALIVAMENTE CIRCUNCISANTEMENTE bordelescos, Amor… 


Miguel Barroso

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