TIBI
IV
Não muito longe da barbearia
Portista, do lado oposto do quarteirão, Tibi esfrega energicamente o
baixo rosto de Laurindo, camionista sem importância para o
desenrolar do conto. Para Tibi, só há dois tipos de pensamentos.
Quando pensa em Nela e quando não pensa em Nela. Neste momento,
enquanto esfrega o rosto acabado de barbear, é nas coxas dela que
ele pensa. Enlouquece-o vê-la vestida com calções de futebolista.
As pernas fortes e firmes da Nela. Tudo é firme naquela mulher.
Firme e resoluto. “Que bom seria ser atropelado por ela,
esfregar-me nela, mergulhar nos pêlos húmidos do seu sexo.”
Sempre que Nela se cruza com Tibi e Susana, e apenas na presença dos dois, ela tenta-o sem pudor pelo que Susana possa pensar. Engano tolo de Tibi, porque Nela escancarava-se sempre, mas à sua mulher, como um macho pavoneia os músculos diante da fragilidade feminina.
- Tibi! Tenho a cara a ferver, homem! A ideia é refrescar a pele, não é esfregar até esfolar!
Sempre que Nela se cruza com Tibi e Susana, e apenas na presença dos dois, ela tenta-o sem pudor pelo que Susana possa pensar. Engano tolo de Tibi, porque Nela escancarava-se sempre, mas à sua mulher, como um macho pavoneia os músculos diante da fragilidade feminina.
- Tibi! Tenho a cara a ferver, homem! A ideia é refrescar a pele, não é esfregar até esfolar!
DuArte
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