SIMMS
Fui suicidado
Sim...
mas quero mais.
é o apelo à dúvida e à dívida dividida da morte.
essa sorte mortífera de azares vividos unicamente nos elevadores das nuvens.
que tenho eu com isso, perguntas.
provavelmente nada.
apenas penas que nadam nas correntes criogenadas do cheiro impune da chama
Sugo.
(portanto nada tenho)
há cartas e cartas. de amor. de suicídio. de suicidados. de negócios. cartas.e cartas. sinais. mensagens. vidas. mortes. poetas concretos, discretos, abjectos, semideuses e comuns na sua manipulação putrefacta.
a minha carta é simples
mediocremente esgalhada
nas propriedades simples
de um desgosto de amor;
nada que nenhum amante te não tenha feito ou um poeta cru te tenha lambido
falo do ritmo dos silêncios,
da orgasmática dos ecos, das transfusões sudacionais,
entre o diapasão no cimento e o sangue no biberão
toda a magnitude do esquecimento reside no autoconhecimento,
o cimento sarcástico do ventre que se esconde nos horários e falsas obrigações
;
estarei suicidado quando me leres
nas ilações dos juízes có(s)micos
no teu tricotar umbilical
entre a lágrima e o riso genuíno
;
estarei suicidado quando me leres
;
posso
e devo dizer
que amei
que amei o mundo
o fundo
o disposto
o desgosto
a infâmia
a elevação
abismos
putas
altares
incensos
pulsações
tectos
doenças
putrefacções
dejectos
ilações
amei amante sem amar com o amor que sabia e mesmo que o sentisse queria dar
amei incondicionalmente a vida.
mas a vida serei eu e essas questões de merda dos pseudopoetas?
amei.
não deu.
fui suicidado.
querem vós vozes que acredite no amor? ou na vida?
amei incondicionalmente a vida;
a minha carta é simples
mediocremente esgalhada
nas propriedades simples
de um desgosto pela vida;
ser suicidado deve dar direito a tentar outra vez, deuses vossos?
a perguntas parvas responde-se poeticamente:
suicidado trabalharei os nós das forcas,
com sorrisos adultos e apóstolos escondidos de deus
;
estarei suicidado quando me ler
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