CINDERELA
cinderela na rua do mundo.
doces olhos vezes baixinho.
a escrita sobe pelas escadas.
as páginas são sempre a próxima
página.
todas as pessoas estão no lado direito
das suas opções.
o corpo já não contém cinderela
na rua do mundo.
há pontos do meio em forma
de poesia inglesa.
as pessoas salvaguardam o seu
património.
desaparecem palavras belas daqui.
é meia-noite mas há muito
que anoiteceu.
a neurose intelectual está diante
do meu último capítulo.
Sylvia Beirute
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