poema do filho
quero dizer-te como é doce o
amor
porque há palavras que rangem como um degrau
e se adivinham no peito mesmo antes de as pisarmos
quero dar-te a ventura de um signo ascendente
guardando apenas a contemplação velada da descoberta
quando nas tuas ondas houver terra nova
onde cairão os meus dobrões de ouro
ao desabar o entardecer da maré no galeão
com a vida sentada à proa, aguardando o naufrágio?
quero acreditar que te darei ainda um derradeiro beijo
em apneia, quero acreditar seres tu num mergulho
e que, doravante, serei eu o teu tesouro
ocultando o meu orgulho no brilho coralífero
porque há palavras que rangem como um degrau
e se adivinham no peito mesmo antes de as pisarmos
quero dar-te a ventura de um signo ascendente
guardando apenas a contemplação velada da descoberta
quando nas tuas ondas houver terra nova
onde cairão os meus dobrões de ouro
ao desabar o entardecer da maré no galeão
com a vida sentada à proa, aguardando o naufrágio?
quero acreditar que te darei ainda um derradeiro beijo
em apneia, quero acreditar seres tu num mergulho
e que, doravante, serei eu o teu tesouro
ocultando o meu orgulho no brilho coralífero
Renato Filipe Cardoso
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