BANDEJA COM ESTRELAS
num rosto não cabem dois.
que as coisas tenham para nós
uma perduração
e que emendem a revelação
das reentrâncias.
proíbo-te à infância.
a minha voz
ilumina a palavra não.
que este silêncio seduza
a tristeza que nos
desmerece e que entra no fulgor
desnecessário
da nossa separação infinita.
e no final de tudo está sempre
o melhor início.
numa bandeja de estrelas.
que as coisas tenham para nós
uma perduração.
que a morte se deixe ficar
onde está.
Sylvia Beirute
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