S. A.
Calma. Sosseguem as gentes mais levianas e serenem as gentes mais púdicas. Não tenho desvios sexuais incontroláveis nem tão pouco preciso de ajuda. Mas este grupo sempre me intrigou. Camuflado de bom cristão, sob o verniz de décadas de uma educação prendada e religiosa, tentei entrar neste mundo por “mera curiosidade sociológica e científica”, como legenda o meu querido amigo Ricardo sempre que quer compreender algo fora do seu quadro de referências. (vá, fui subtil, não resmungues). Consegui ser considerado um “newcomer” dos Sexaholics Anonymous, fui aceite (sim, oh sim!), e espera-me uma primeira reunião na delegação de Madrid no próximo mês, pois ainda não se expandiram para Portugal. Claro que não vou. Eu queria mesmo era ter acesso a mais informação. E após uma leitura atenta, de uma dessas brochuras “Test yourself”, “The problem” e “The twelve steps”, meus senhores, fiquei com a clara sensação de sermos todos perversos, até aqueles anjinhos que dobram o pijaminha depois de se levantarem.
Bruno Vilão
1 comentário:
Fazia tempo que não vinha aqui. Uma escrita despretensiosa e irónica, crónicas de um humor eficaz que nos dão o conhecimento do "outro lado do mundo"...Eu nem sabia que havia sexólicos anónimos...
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