quinta-feira, 24 de junho de 2010
sinais
Sincronismo, destino, acasos que não são coincidências... Os livros e os gurus da viragem espiritual do mundo ao alto desdobram-se em explicações e relatos do quotidiano que nos sugerem uma ordem das coisas. As palavras progressivamente vêm significando que tudo pode ter uma explicação, aquela que poderá residir num Universo pré-programado apesar do caos em que co-existimos. No meio de tudo ficam os Eu's. Nós. Imersos num mundo que comunica desde que nos levantamos até que adormecemos (com o bónus de sonhos para quem abre a porta ao subconsciente), munidos desse livre arbítrio que nos lixa o juízo (a mim pelo menos lixa). Ultimamente, sinto que vivo numa espécie de teoria da conspiração, um consórcio de sinais e alertas que bombardeiam as minhas convicções e as minhas decisões (algumas adiadas há muito tempo), no cinema, na página de um livro que abro ao acaso (?), num telefonema, num encontro casual (?), na experiência de um amigo, na rua, nas lojas... Quase enlouqueço entre o riso e a expectativa que me provocam. Mas quando os sinais assentam no meu ombro, fica um resíduo de solidão. Sou incapaz de os sacudir, mas também não sei que lhes faça.
Ana Santiago
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