Vivo-te
Vivo-te numa melopeia rectangular
Entre dois ais perdidos
Como se eu fosse a terra e tu a noite
Numa quimera de sentidos
Em tons de ameixa carnuda
Com as mãos abertas os olhos cerrados
Irrespiravelmente preenchida
Entre o teu corpo irrequieto
Quedo-me por omissão
Do calor indelével que quero
E que tu já não tens
Berenice Greco
1 comentário:
Acho que estás a espreguiçar-te. Mas gostava de te ver esticar mais as pernas, os braços, as falanges, falanginhas e falangetas. Ou seja, não te escondas demasiado atrás das figuras e das metáforas - temos de ver-te uma nesga de carne, de sangue e a saliva que acompanha o vómito, ou não teremos a certeza se veio de dentro ou se é uma máscara de barro para efeitos de beleza. Says I.
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